A APAS- Associação de Pais e Amigos de Surdos de Caçador, fundada em 27 de Abril de 1988, nasceu por iniciativa de membros da sociedade caçadorense, a partir da necessidade em ter uma entidade apropriada para atender as necessidades das pessoas surdas em Caçador. A Senhora Maria Margareth Lessing Simonetto apoiada pela senhora Dina Emilia Mingotti Rigo, entre pais e amigos de surdos foram as grande precursora da APAS.
Até o ano de 1974 as pessoas surdas eram atendidas na APAE, e por não se enquadrar no perfil dos usuários da entidade, tiveram que mudar. O atendimento foi instalado nas dependências do Colégio Paulo Schieffler. Nesse período ocorreu um fato que foi fundamental para o inicio da APAS, um jovem surdo chamado Alaor envolveu-se em uma briga de rua e por consequência foi a óbito. Esse fato chamou a atenção de familiares de pessoas surdas e culminou na mobilização para a criação de uma entidade voltada ao atendimento para as pessoas surdas em Caçador, suas idealizadoras a professora Maria Margareth Lessing Simonetto e a Senhora Dina Emilia Mingotti Rigo Orientadora Educacional da escola, juntou-se a elas o pai de uma surda, o senhor Rudi Heller. Assim, deram inicio as conversas para a fundação da APASC.
O grupo foi para Joaçaba conhecer a Associação de Pais e Amigos de Surdos daquele município e conhecer os tramites para a criação de uma instituição semelhante, que seria denominada APASC Associação de Pais e Amigos de Surdos de Caçador. Iniciou-se o movimento social em prol dos direitos da pessoa surda em nossa sociedade. Dia 27 do mês de Abril de 1988, fundou-se a APASC, tendo como primeiro presidente o senhor Rude Heller. A reunião de fundação da Associação aconteceu na escola Estadual Paulo Schieffler com a presença de varias pessoas, entre pais e amigos de pessoas surdas. Naquela data, ficou acordado que os pais pagariam uma mensalidade, o que nunca ocorreu por falta de recursos dos familiares.
Diante da situação, buscou-se apoio da Administração Publica onde foi firmado convenio com a Prefeitura Municipal de Caçador. O oportunizou a contratação da professora de uma professora e uma fonoaudióloga, havendo também a previsão do pagamento do aluguel das salas no Colégio Marcos Olsen. No mesmo período, fora recebido o apoio do Lions Clube Universidade comprometendo-se em liderar a construção da sede própria da Associação.
Muitas promoções foram realizadas visando tal construção. Do governo municipal, a Associação que passava por uma crise financeira, recebeu apoio com a cessão de servidores públicos municipal e também com o trabalho da coordenadora de Educação Especial organizou-se nova diretoria sob o nome da senhora Oneide Terezinha Comazetto como presidente da entidade. Com o apoio de diversas senhoras da sociedade caçadorense a associação se estabilizou e retomou os trabalhos em prol da pessoa surda.
Retomada a aproximação com o Linos Clube Universidade, cujo objetivo fora começar as obras da sede da APASC. O trabalho de ambas entidades culminou com a inauguração da sede em agosto de 1985. Os trabalhos na sede própria foram gradualmente ampliados sob a liderança da diretora Senhora Maria Margareth Lessing Simonetto auxiliado pelo governo estadual e a senhora Cleony Lopes Barbosa Figur, Assistente Social cedida pelo governo municipal. Também a APASC inscreveu-se em diversos Conselhos Municipais de Políticas Públicas com o intuito de ser porta voz dos interesses e direitos das pessoas surdas.
Outro fato marcante foi a criação do Coral de LIBRAS, que são as mãos que falam e os olhos que ouvem. Sob a perspectiva de unificar a denominação no território estadual e nacional, após assembleia foi alterado a denominação para Associação de Pais e Amigos de Surdos APAS de Caçador.